Radiação


_Aqui vai cultura...________________________

A radioactividade natural foi descoberta acidentalmente por Becquerel em 1896, quando estudava a fluorescência dos sais de urânio. Durante a sua experiência verificou que havia emissão de radiação de alta energia, que escurecia uma chapa fotográfica.

Por esta altura o urânio já era conhecido, e o que o francês Becquerel tentou provar foi que a velocidade de emissão de radioactividade era proporcional à quantidade de urânio presente nos sais. E tal confirmou-se excepto para um mineral de urânio denominado Pechblenda.

Dois anos depois, Marie e Pierre Curie conseguiram isolar o elemento, que se revelou muito mais radioactivo que o urânio. Chamaram-lhe polónio. Mais tarde isolaram outro elemento ainda mais radioactivo: o rádio.

O Homem sempre esteve exposto a radiação ionizante natural, mas a sua curiosidade levou-o a conseguir "fabricar" radiação ionizante.
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Por isso é importante começar por distinguir entre: radiação natural e radiação artificial


Fontes naturais de radição


1-Terrestre

Com o Big B
ang o hidrogénio e o hélio formaram elementos mais pesados, muitos deles radioactivos que têm vindo a decair para elementos mais estáveis.

Contudo porque a meia-vida de alguns é maior que a idade da Terra, estes ainda hoje são observáveis, constituindo uma fonte de radioactividade natural, como é exemplo o urânio que decai para partículas alfa e beta, e do rádio, que se encontram em rochas, minerais, solos e água.

Este elementos emitem elementos gasosos radioactivos como o radão, o qual em doses elevadas tem malefícios para a saúde.

2-Cósmica

É constituída por partículas de alta energia que vêem do espaço, podendo-se subdividir em:


Assim, maior a altitude maior é a quantidade de radiação a que estamos sujeitos.

3-Núcleos radioactivos

Alimentação
Tudo o que comemos e bebemos é radioactivo pois os elementos radioactivos naturais presentes na Terra são absorvidos pelas plantas e animais, como é o caso do potássio-40.

Atmosfera
Nela encontra-se o carbono-14, que tem origem na interacção entre os raios cósmicos e a atmosfera.


Assim o Homem contém pequenas quantidades de radionuclídeos no seu corpo.

Fontes artificiais de radição

Os radionuclídeos artificiais têm sido criados desde a descoberta da fissão atómica nuclear.

Esta radiação ionizante artificial tem como causas a poluição ambiental (tratamento de resíduos, queima de fósseis, lixo radioactivo das centrais nucleares), explosões de armas nucleares (bomba atómica a qual liberta material radioactivo através da combustão de carvão), acidentes em reactores nucleares, aparelhos domésticos (televisões antigas), medicina (radioisótopos, raios X), etc.


A radiação também se distingue em não-ionizante e ionizante:

Radiação não ionizante é aquela que possui energia abaixo de 10 eV, e que por isso não é suficiente para ionizar um átomo, mas apenas para o excitar.


ex. ondas electromagnéticas: IV, microondas, rádio e luz visível

Radiação ionizante é aquela que possui energia acima de 10 eV e que é capaz de ionizar materiais e assim alterar as suas propriedades eléctricas.

"As radiações têm carácter ondulatório e corpuscular (partículas).
Correspondem à propagação, numa direcção determinada, de um campo eléctrico e de um campo magnético oscilantes perpendiculares um ao outro, em concordância de fase e deslocando-se à velocidade da luz. São raios energéticos emitidos pela vibração dos electrões constituintes da matéria."


ex.
partículas: alfa e beta, electrões, protões e neutrões
ondas electromagnéticas: raios gama, raios-X e UV



A radiação ionizante artificial adquire um papel muito importante pois é aplicável às mais diversas áreas, como por exemplo à medicina, permitindo o diagnóstico e tratamento de doenças como o cancro.
Além disso a maioria dos tratamentos por radioisótopos não são invasivos, não sendo prejudiciais à saúde.